OÇANHE

É o orixá masculino e origem nagô (Ioruba) que como Oxossi, habita a floresta. É bastante cultuado no Brasil, sendo conhecido por diversos nomes: Oçãe, Oçãim, Oçanha, Oçãnim e Oçonhe ou até mesmo Ossanhe ou Ossaim. Não é um dos orixás que possuem mais filhos de santo; pelo contrário, seus filhos são do tipo raro, bem menos numerosos em qualquer sociedade.

É o orixá da cor verde, do contato mais íntimo com os mistérios da natureza. Seu domínio estende-se ao reino vegetal, às plantas, mais especificamente às folhas, onde corre o sumo.

Não é um orixá da civilização no sentido do desenvolvimento da agricultura, mas das plantas mais selvagens que crescem sem a intervenção do homem.

Segundo algumas lendas, Oçanhe era dono de todos os vegetais. Esse poder concentrador, porém fazia os outros orixás dependerem dele em quase todos os litígios. Como os orgulhosos deuses do panteão africano raramente se submetem a qualquer tipo de autoridade, a rebelião era latente, até Iansã, a senhora dos ventos, libertar uma forte corrente de ar (ou mesmo m furacão, conforme versão), fazendo as folhas voarem. Com isso, elas foram divididas entre todos os orixás, de acordo com a esfera da atividade humana que controlassem. Porém as plantas mais secretas continuaram sob o domínio de Oçanhe, utilizadas tanto nos processos de cura, como nos de advinhação.
Seja filho de Oxalá ou de Nanã, ou de qualquer outro orixá, a pessoa sempre tem que invocar a participação de Oçanhe ao utilizar plantas para fins ritualísticos, pois a capacidade de retirar delas seu potencial energético básico continua sendo segredo de Oçanhe.

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