Mentores Espirituais

Veremos agora alguns de nossos mentores espirituais como segue:

Almas ou Eguns – espíritos que ainda não tem consciência do seu estado e que aproveitam da oportunidade para atuares com o encosto nos irmãos, transmitindo-lhes uma série de problemas.

Baianos – espíritos que viveram na Bahia e no nordeste em geral, de grande força, atendem aos irmãos minimizando seu sofrimento.
Boiadeiros – espíritos de vaqueiros, boiadeiros, chefes de comitiva, que fizeram sua passagem para o mundo espiritual em acidentes relativos ao seu trabalho, de grande firmeza atuando com o conhecimento de folhas, mel, entre outros.
Caboclos – espíritos de índios das tribos brasileiras espalhadas por todo continente. Existem correntes filosóficas dividindo este item em dois, caboclos estradeiros (baianos e Boiadeiros), e caboclos de pena (Sete Flechas, Pena Branca, entre outros) atuam nas matas.
Crianças – espíritos de pequenas crianças brancas ou negras, que atuam nas praias, nos jardins, de grande força e com um poder muito grande de conseguir o que quer em favor dos irmãos.
Ciganos – espíritos andarilhos, de ciganos, com grande conhecimento da medicina astral, gostam de bons vinhos, cigarrilhas, excelentes dançarinos, jogam cartas, e são muito festeiros, fazendo grandes fogueiras para suas festas. Gostam de brincos, moedas antigas e outros adornos. Usam também bons perfumes, falam em espanhol ou romanez.
Marinheiros – espíritos de marítimos, comandantes, moços de convés ou piratas, atuam na beira do mar, e apresentam-se com passos tortuosos, pois dizem que é o “tombo do navio”.
Pretos-Velhos – espíritos escravos de negros africanos, com toda sabedoria trazida consigo. Utilizando tocos para sentar, café amargo ou doce, cachimbo, rezas e mirongas. Todo preto-velho tem um cachorro (Exu) que é seu ordenança, sempre aguardando suas ordens. Povo de muita força e magia ..
Povo D’Água – espíritos de grande força e mistérios, não falam e apresentam-se com bailados e cânticos misteriosos. Outras guias como as Sereias, serpenteiam no chão, como que estivessem dentro d’água. Observamos neste momento, que os santos, guias, que vieram da áfrica com os escravos, que são cultuados hoje em todos os terreiros, são representados por imagens brancas, tão somente pelo sincretismo; que comparou os orixás co os santos católicos. Esclarecendo que, os orixás são negros e não loiros de olhos azuis.
Exus – espíritos de grande força, comandados por uma austera hierarquia, porém, as camadas mais baixas, requisitam presentes (obrigações, despachos) tentando subir na luz. Alguns grupos dizem que é da esquerda ou direita, porém, são entidades de luz que merecem todo nosso respeito, querendo saber mais clique aqui.
IANSÃ

Iansã é um Orixá feminino muito famoso no Brasil, sendo figura das mais populares entre os mitos da Umbanda e do Candomblé em nossa terra e também na África, onde é predominantemente cultuada sob o nome de Oyá.

Na liturgia mais tradicional africana, com os espíritos dos mortos (Eguns), que tem participação ativa na Umbanda, enquanto são afastados e pouco cultuados no Candomblé. Em termos de sincretismo, costuma ser associada à figura católica de Santa Bárbara, talvez por causa do raio, já que a santa é sempre invocada para proteger um fiel de uma tempestade.

Iansã uma das mais apaixonadas amantes de Xangô, o senhor da justiça não atingiria que se lembrasse do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora dos ventos e rios e, conseqüentemente, da tempestade.

Nas cerimônias da umbanda e do Candomblé, Iansã, ela surge quando incorporada a seus filhos, como autêntica guerreira, brandindo sua espada, prometendo a guerra, sempre guerreira e, ao mesmo tempo, feliz. Ela sabe amar, e gosta de mostrar seu amor e sua alegria contagiantes da mesma forma eu desmedida com que exterioriza sua cólera.

É a divindade de um rio conhecido como rio Niger, ou Oyá, pelos africanos, osso, porém, não deve ser confundido com um domínio sobre a água.

A figura de Iansã sempre guarda boa distância das outras personagens femininas centrais do panteão mitológico africano, se aproxima mais dos terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, enfim, está sempre longe do lar; Iansã não gosta dos afazeres domésticos.

É extremamente sensual, apaixona-se com freqüência e a multiplicidade de parceiros é uma constante na sua ação, raramente ao mesmo tempo, já que Iansã costuma ser íntegra em suas paixões, assim nada nela é medíocre, regular, discreto, suas zangas são terríveis, seus arrependimentos dramáticos, seus triunfos são decisivos em qualquer tema, e não quer saber de mais nada, não sendo dada a picuinhas, pequenas traições. É o Orixá do arrebatamento, da paixão.

OÇANHE

É o orixá masculino e origem nagô (Ioruba) que como Oxossi, habita a floresta. É bastante cultuado no Brasil, sendo conhecido por diversos nomes: Oçãe, Oçãim, Oçanha, Oçãnim e Oçonhe ou até mesmo Ossanhe ou Ossaim. Não é um dos orixás que possuem mais filhos de santo; pelo contrário, seus filhos são do tipo raro, bem menos numerosos em qualquer sociedade.

É o orixá da cor verde, do contato mais íntimo com os mistérios da natureza. Seu domínio estende-se ao reino vegetal, às plantas, mais especificamente às folhas, onde corre o sumo.

Não é um orixá da civilização no sentido do desenvolvimento da agricultura, mas das plantas mais selvagens que crescem sem a intervenção do homem.

Segundo algumas lendas, Oçanhe era dono de todos os vegetais. Esse poder concentrador, porém fazia os outros orixás dependerem dele em quase todos os litígios. Como os orgulhosos deuses do panteão africano raramente se submetem a qualquer tipo de autoridade, a rebelião era latente, até Iansã, a senhora dos ventos, libertar uma forte corrente de ar (ou mesmo m furacão, conforme versão), fazendo as folhas voarem. Com isso, elas foram divididas entre todos os orixás, de acordo com a esfera da atividade humana que controlassem. Porém as plantas mais secretas continuaram sob o domínio de Oçanhe, utilizadas tanto nos processos de cura, como nos de advinhação.
Seja filho de Oxalá ou de Nanã, ou de qualquer outro orixá, a pessoa sempre tem que invocar a participação de Oçanhe ao utilizar plantas para fins ritualísticos, pois a capacidade de retirar delas seu potencial energético básico continua sendo segredo de Oçanhe.


IBEIJADA















São Cosme e São Damião
Sua Santa já chegou!
Veio do fundo do mar
Santa Bárbara quem mandou!
Dois dois Sereia do Mar!
Dois dois Mamãe Yemanjá!

Vamos brincar de roda!
Cosme, Damião, Doum!
Eles vêm montados
no cavalo de Ogum
Apanhando flores
pra Mamãe Oxum!










Meu anel de pedra verde
Que eu perdi pelo caminho...
Quem achou
Foi o Cosminho!
Meu anel de pedra verde
Que eu perdi, caiu no chão...
Quem achou foi o Damião!


São Cosme e Damião
A sua casa cheira
Cheira a cravo,
cheira a rosa
Cheira a flor de laranjeira!
Eles brincam na areia…
nas ondas do mar
Catando conchinhas
pra Mãe Yemanjá!






Crianças
quando chegam na Umbanda
É Yansã quem manda!
Eles vem cantando
Orirê!
Ao romper da aurora!













Ô Doum, ô Doum!
Cadê Cosme e Damião!
Eu vou dizer a papai
Camaradinha chegou!










Ó Cosme e Damião
Damião cadê Doum?
Doum tá cavalgando
No cavalo de Ogum!






O sol e a lua
São dois irmãos
são dois irmãos gêmeos
Como Cosme e Damião










Oxalá meu Pai...
Guia nossos passos!
Somos filhos de Umbanda
Que balança, mas não cai!
Brincando no jardim das rosas
Cosme e Damião
vêm na Umbanda trabalhar!
Louvando o nome
de Santa Bárbara...
Louvando o nome de Yemanjá!






Eu pedi a Oxalá
Pra mandar as criancinhas
Pra vir na banda
Brincar e trabalhar!
Tem cocada
Tem guaraná
Ó crianças
Venham me ajudar!












Lá no céu tem três estrelas…
Todas três de carreirinha!
Uma é Cosme e Damião
E a outra é Mariazinha!






Tem barquinho, tem balão
Para o Joãosinho brincar
Tem um saquinho de balas
Para o Joãozinho chupar










Ibeijada está de ronda,
São Jorge de prontidão,
Salve o povo de aruanda
Salve Cosme e Damião.






Mariazinha
nasceu na beira do rio
Na beira do rio, lá no Juremá
Mariazinha
nasceu na beira do rio
Na beira do rio, lá no Juremá
Aonde a lua brilha
clareia a campina,
clareia as matas
pra Ibeijada brincar...
Aonde a lua brilha
clareia a campina,
clareia as matas
pra Ibeijada brincar










Estrela clareia a terra...
Estrela clareia o mar...
Estrela clareia a terra...
Estrela clareia o mar...
Clareia o Congá de Oxalá
Clareia...
Clareia os filhos no Congá
Clareia o Congá de Oxalá
Clareia...
Clareia os filhos no Congá